Mudanças são, talvez, a grande constante na vida. Não devemos temer por isso, porém, mudanças rápidas demais às vezes nos assustam e nos levam a ficar regredidos. Tenho acompanhado de perto muitos alunos e alunas que estudavam na modalidade online e agora continuam a fazer, mas tenho visto também muitos que estudavam no presencial sofrendo com as mudanças que transformam todo mundo (aqueles que podem e tem acesso) em estudantes virtuais.
Em minha família
Minhas filhas estão nessa – estudam em uma escola que possibilita a continuidade de seus estudos de maneira virtual e essa maneira passa a ser o “novo normal” (por falta de uma expressão melhor…).
Hoje, passando pelo corredor, na parte da tarde deparei com a imagem da foto que postei, que é uma fotografia da porta da minha filha mais nova, deixando avisado para os “navegantes” que estava fazendo prova, no ambiente virtual, dentro de seu quarto em nossa casa.
O bom estudante
Fiquei pensando por um tempo sobre esta imagem e uma coisa que isso me traz sempre à memória é que estudar (ser estudante), ou ainda, ser um BOM estudante, depende muito menos do professor do que gostaríamos, pois o ato de estudar é diferente do ato de ensinar. O/a professor/a é responsável pelo ensino (não que não possamos aprender sozinhos, mas estou me atendo ao modelo escolar que temos) e o/a aluno/a é responsável pelo estudo. De nada adianta ter bons/as professores/as que cuidam do ensino se na parte do estudo o/a aluno(a) é insuficiente.
Todo/a estudante precisa trabalhar para sua autonomia nos estudos. Há muita falácia sobre isso no meio acadêmico e alguns docentes de ensino superior brigam muito para que alunos e alunas não se aventurem na autonomia dos estudos, gerando uma eterna dependência, como se eu (docente) fosse o detentor de todo o saber. Isso é falácia.
O bom docente
Como docente eu sou um mero guia. O que posso fazer é tentar ensinar aos/as alunos/as como é que eu aprendi e o que eu aprendi. Este é o teste para a docência, ser humilde ao ponto de compreender que muito do que eu sei não servirá em absolutamente NADA para os/as alunos/as que me ouvem, mas eles/as podem aprender como eu aprendi e podem desenvolver como eu desenvolvi e isso é sensacional.
Creio mesmo, que o verdadeiro exercício da docência se dá em lutar para criar no/a aluno/a uma maturidade compatível com sua idade e ajudar a construir uma mentalidade de autonomia de estudos para que se torne um pesquisador dentro da sua área; para desperte para ler tudo o que puder; para estudar sempre e não parar nunca.
Sou apaixonado pelo ensino e pela aprendizagem e vejo que não há futuro para nós, seres humanos, se não nos dedicarmos a aprender todos os dias, sem parar nunca, pois nossa cultura, corpo, mente, alma, enfim, tudo, está sempre em constante desenvolvimento, já que comecei a dizer que a mudança é a constante da vida!
Bons estudos para todos! Bons ensinos para todos!
Gedeon Lidorio
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