Quote of day #003
Gosto muito de pensar em DECISÕES. A vida é feita delas, não há nada na nossa vida diária em que isso não seja real, mesmo quando NÃO DECIDIMOS estamos tomando uma decisão, pois na grande maioria das vezes, quando não decidimos estamos decidindo ser contrários àquilo que está a nossa frente, ou seja, decidimos não decidir e isso nos jogará com certeza na tomada de uma decisão por parte de outro, ou mesmo por causa das situações que não se prolongam tanto como gostaríamos.
Não decidir é tomar decisões. Não decidir é deixar que outros decidam por nós e teremos então que viver com as consequências das decisões de outros sobre nossas vidas e pode ser que estas escolhas, de outros sobre nós ou mesmo das situações que deixamos resolver sozinhas, não sejam o melhor para nós.
Quando não participamos do processo decisório, marcando o território do nosso bem-estar e conforto, corremos o risco de ter que viver com uma situação que nos traz desconforto, sem que sejamos capazes de muda-la mais tarde.
Ao não decidirmos, perdemos o “bonde” no ponto certo e com certeza ou chegaremos atrasado demais para o nosso “destino” ou então não teremos mais “conduções” que nos levem para aquele lugar existencial novamente.
Não decidir é perder. Não decidir é decidir qual é realmente nossa prioridade em nossa vida e para as coisas ou pessoas que estão envolvidas conosco no processo diário do viver.
Não decidir também é fazer outros sofrerem com nossas indecisões. Algumas vezes alguém espera uma decisão nossa e essa espera demasiada pode fazer com que o coração desfaleça e protelarmos aquilo que é agonizante para o outro não é amor, é antes de tudo um egoísmo e um narcisismo absurdamente marcado em nossa personalidade.
Adiar a solução de situações, problemas e resoluções não nos trará bem, antes fará com que haja um incremento de mal estar em todas as situações.
Podemos argumentar que existem coisas que não estão sobre o nosso controle e por isso não podemos decidir, mas sempre poderemos decidir como agir em todas as situações que se nos apresenta a vida, mesmo naquelas que estão além do nosso controle. Podemos não decidir a questão em si, mas decidimos como agiremos nela e quando há falta de decisão então a decisão já foi tomada e a situação que não está sobre o nosso controle virá sobre nós como um rolo compressor, achatando cada parte de nossos processos e nos fazendo sentir o peso da nossa não decisão.
Muitas vezes me pergunto se estamos conscientes do preço que pagamos ao não decidir como agir. Acho que somos arrogantes demais e pensamos que somos mais do que na verdade somos, pois deixar as decisões para depois, como se tivéssemos o controle das mãos é querer pagar um preço que não estamos a altura de pagar.
A vida nos convida a dançar, sempre, mas fico pensando: não se dança sozinho. Quando a vida quer dançar conosco, precisamos ao menos saber que música está tocando, que passos dar. Já dançou com alguém que não sabe dançar? O que acontece é que tudo fica fora do ritmo, não dá pra acompanhar um ao outro e sempre tem muitos “pisoes” nos pés e a dança acaba por não terminar e o propósito da alegria é substituído pela frustração.
Dance com a vida, mas saiba dançar, saiba os passos, entre na música, tenho ritmo, ser conduzido pela vida não significa não ter interação com ela, mas é dar também o seu melhor e dançar conforme se dança aquela música, mas não entre na dança se não sabe dançar.
Se você não pode decidir a música, que passos, que lugar para dançar, quem estará no salão, decida então dançar do jeito correto, dê passos certos, não pise no “pé da vida” e não se deixe sem saber onde está e o que está fazendo. Converse com a “vida” enquanto está dançando, com certeza muitas explicações virão dessa conversa.
Decida ser e não apenas esperar que decidam pra você, quem você é e o que deve fazer com a sua vida.
Lembre-se: a vida é feita de decisões e quando não decidimos na verdade já estamos tomando uma decisão.
Está disposto a pagar o preço (que muitas vezes é alto demais!!!) pelas suas “não decisões”?
Não se arrisque nisso, é abismo perigoso demais e cair nele é deixar de seguir por um caminho claro, com boa companhia, a companhia da paz, da tranquilidade e da alegria.