Um dos dons de serviço que me chamou a atenção hoje foi o de Evangelista.
Há um mau entendimento semântico no significado e aplicação desta palavra em nosso contexto eclesiástico. Durante muito tempo usamos a palavra EVANGELISTA para aquele que (através do exercício do seu dom) pregava o evangelho, as boas novas de salvação, porém, o entendimento desta palavra está ligado ao que DISCIPULA o recém-convertido segundo a imagem de Cristo, ou seja ele leva a boa nova da vida de Cristo para aquele que acabou de “entrar na fé” e ajuda a moldar o seu caráter segundo o evangelho.
Ser EVANGELISTA então é ser um DISCIPULADOR. É encarar de frente o desafio de ensinar os primeiros passos da vida com Cristo para o recém-convertido, ensinando-o a relacionar-se com Jesus, com o Espírito Santo, com Deus e com a Palavra de Deus (Bíblia).
Há duas coisas que são “esquisitas” no nosso relacionamento com estes novos convertidos: 1) há pouco discipulado (muito ensino bíblico como se fosse discipulado; aplicação de lições doutrinárias e ensinamento de “como funciona nossa igreja” no lugar de “como é sua nova vida com Cristo”) e 2) depois de iniciado o discipulado, não queremos mais “largar o osso” e deixar o/a discípulo/a caminhar com as próprias pernas e cometer seus próprios erros, por que temos medo de que a responsabilidade sobre ele seja requerida de nós.
Acho interessante principalmente esta segunda coisa “esquisita” em nosso meio, porque parece que não confiamos que Cristo e o Espírito dão conta de cuidar daquele seguidor de Cristo.